Já faz um bom tempo que eu tava querendo escrever sobre um livro que eu li e não estava tendo tempo.
Como o nome do meu post já sugere o nome do livro em português é “O Laptop de Leonardo” e o autor dele é o Ben Shneiderman, que é um professor da Universidade de Maryland e é um pesquisador conceituado na área de IHC (Interação Homem-Computador).
Comprei esse livro por acaso e sem muitas pretensões. Li o resumo da capa na livraria, achei que poderia ser legal e levei. Simples assim…
O primeiro ponto que eu achei interessante desse livro é que ele trata de assunto que poderia ser visto como técnico, mas de uma forma nem um pouco convencional para livros técnicos. Só pelo fato de ele ter feito esse tipo de abordagem já me chamou a atenção. Outra coisa que também chama a atenção é o fato de, durante todo o livro, fazer paralelos entre os pensamentos que Leonardo da Vinci tinha e o impulsionaram para tantas descobertas nas mais diversas áreas e pensamentos utilizados (ou que poderiam ser) para o desenvolvimento de interfaces entre os humanos e os computadores.
No livro, ele afirma que vivemos o Renascimento 2.0. E como toda era de mudanças, há uma série de perguntas a serem respondidas, uma série de desafios a serem vencidos. Ele instiga muito durante todo livro, fazendo perguntas para as quais não dá respostas ou fazendo paralelos, conduzindo os leitores a questionamentos imprevisíveis. Eu mesmo fiquei cheia de idéias… Apesar de ser uma leitura prazeirosa, não foi fácil ler esse livro, não é um livro que se leia como uma revista passando por cima dos detalhes, justamente pelo o que falei anteriormente.
O autor propõe uma série de desafios durante os estudos de caso que faz: educação, medicina, comércio e governo eletrônicos.
Tem uma comparação que ele faz no livro que eu achei bem marcante. Ele fala que existiu a “velha” informática e que agora estamos na “nova” informática. Na velha informática, a preocupação era sobre o que os computadores podiam fazer. Já na nova informática, a preocupação passou para o que as pessoas podem fazer com os computadores.
Ele também faz uma previsão para o futuro de que as máquinas que farão mais sucesso serão aquelas que ajudam as pessoas e não as substituem como poderiam ser os robôs. O exemplo que ele usa é a da máquina de lavar roupa, que no fundo é um “robô” mas não com a “forma” humano, ou seja, não há a idéia de substituição, mas sim a de facilidade aos humanos.
Recomendo o livro fortemente para todos que mexem com desenvolvimento de qualquer tipo de sistema, porque é uma leitura que proporciona uma visão diferente e nos mostra como é importante considerar em qualquer desenvolvimento, seja de software, seja de hardware, o ser humano que vai utilizá-lo, pois ele não é uma simples variável a ser descartada da equação.
Gostei do review Nathy, bem legal! Ao ler o review eu fiquei com aquele pensamento que eu já tinha visto algo parecido em algum lugar. Finalmente ao ler a seguinte parte: “na nova informática, a preocupação passou para o que as pessoas podem fazer com os computadores”, eu me lembrei. Essa parte tem nome, chama-se Web 2.0. Claro que a Web é um nicho bem mais específico do que toda a discussão que o autor desse livro propões. Mas um dos bordões da Web 2.0 é que agora a Web não serve mais apenas para conectar computadores e sim conectar pessoas.
O conteúdo do livro parece bem atual pensando nesse contexto mesmo. Parece um bom livro, vou dar uma olhada na Amazon.
Até mais!