Semana passada, a aula de Tecnologias educacionais interativas foi através do uso de um mundo virtual: o Second Life.
A experiência de ter uma aula pelo Second Life foi bastante interessante, apesar de alguns pequenos problemas (por exemplo, às vezes o som ficava cortando).
Foi basicamente uma aula de exploração de algumas possibilidades de uso do ambiente. Primeiramente, assistimos uma palestra em inglês sobre ensino usando o Second Life. Esse local da palestra era um museu de história. No segundo andar havia diversas roupas de época que podiam ser vestidas nos avatares.Depois passamos no museu do Holocausto (onde ouvimos depoimentos de vítimas, fotos, etc), em um museu de biologia e na Nasa. Por fim, fomos para o Interlab, que é o laboratório do prof Romero. Nesse caso, é o laboratório virtual, apesar dele também trabalhar no Interlab na “first life”. Tudo isso em apenas 3 horas. Realmente fiquei com a sensação de ter feito uma excursão de colégio, hehehe.
Uma coisa que me deixou surpresa foi a sensação de presença na aula no Second Life. Eu achava que não sentiria isso. Mas senti como se estivesse estado com todos naquele dia (na verdade, estava mesmo). Senti uma presença bem maior do que no uso de um LMS, como o Tidia-Ae, por exemplo.
Depois dessa pequena exploração, acredito que mundos virtuais são sim uma alternativa que pode ser explorada na educação, mas, com certeza, com certa “moderação”.
Acredito que serve muito bem em um primeiro momento como complementação. Um exemplo meio besta que me veio a mente agora, é o professor estimular que os alunos entrem em algum museu de ciências do Second Life para fazer alguma experiência “virtual” em casa.
Porém, para um uso mais generalizado entre os professores de uma ferramenta como essa, acredito ser necessário um treinamento com os professores quanto às potencialidades didáticas.Tive a oportunidade de participar de um projeto de inserção de tecnologia em uma escola de ensino fundamental e percebi que saber só como usar a ferramenta não basta, é necessário saber como usá-la pedagogicamente. Usá-la de forma a fazer coisas que não são possíveis (ou bem difíceis) sem uso dessa tecnologia. No caso do Second Life, vejo um grande potencial no uso na visitação de locais que só existem lá ou reproduções de locais existentes na “first life”, mas que ficam em locais inacessíveis para a comunidade escolar (por exemplo, acredito que ter uma aula sobre a história do Egito visitando as pirâmides seria uma experiência inesquecível, mas pouco realizável na vida “real”). Outro potencial é o uso para palestras com participantes do mundo todo.Uma preocupação que me surgiu usando o Second Life foi a respeito de sua acessibilidade. Será que ele é acessível para que os deficientes visuais possam usá-lo? Tendo em vista que nem as páginas web hoje em dia são totalmente acessíveis, acredito que o Second Life também não seja, uma vez que é muito mais fácil tornar uma página web acessível do que um aplicativo tão complexo quanto um mundo virtual. Com certeza, essa é uma preocupação que também temos que ter quando propomos o uso de uma ferramenta na educação: a inclusão de todos no processo.
Isso é o que pude perceber e sentir na pouca exploração de um mundo virtual.
Oi Nathy,
A sensação de presença também me impressionou muito.
Acho que é uma ferramenta de grande potencial, mas é necessário um bom planejamento pedagógico para utilizá-la de maneira adequada.
Também exige uma certa maturidade dos alunos, uma vez que é fácil "se perder" por outros lugares.
até sexta!
Acredito que não tenha suporte a acessibilidade não. Principalmente para deficientes visuais.
Um aspecto que poderia ter para acessibilidade de surdos por exemplo seria reconhecer a fala e transformar para texto, mas não vi nada nem parecido.
Realmente a sensação de presença foi impressionante, toda a lembrança da aula está vinculada a locais (virtuais) que pareciam reais, isto por si só abre um grande espaço para o uso educacional.