Valorizando o gênero feminino nos projetos de Engenharia e Exatas na FEBRACE

Entre os dias 17 e 19 de março de 2015 aconteceu a 13ª FEBRACE – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Considerada uma das maiores feiras brasileiras para estudantes pré-universitários, a FEBRACE ocorre anualmente nas dependências da Escola Politécnica da USP
Os projetos são avaliados por uma comissão julgadora e os/as autores/autoras dos melhores trabalhos ganham prêmios, sendo que nove projetos são selecionados para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que, em 2015, ocorre em Pittsburgh, Pennsylvania (EUA), de 10 a 15 de maio.
Com o objetivo de incentivar meninas e mulheres a se interessarem por ciências exatas, tecnologia e engenharia, o PoliGen instituiu dois prêmios na FEBRACE 13: Prêmio “Anna Frida Hoffman” e Prêmio “Marília Chaves Peixoto”.
Para quem não conhece, o PoliGen é um grupo composto por estudantes de graduação e de pós-graduação, servidores docentes e não docentes da Universidade de São Paulo, além de algumas pessoas colaboradoras de fora da USP. A maioria do grupo é ligada às áreas das chamadas ciências duras, mas não há  restrição à participação, pois entende-se que da diversidade é que nasce riqueza de conhecimento e inovações. Enfim, é um grupo que conta com homens e mulheres e é aberto à participação de quaisquer interessados(as) em discutir, pesquisar e agir sobre os temas gênero, feminismo, ciência, tecnologia e correlatos.
O Prêmio “Anna Frida Hoffman” foi atribuído para dois projetos na área de engenharia, um individual e outro em grupo. O nome do prêmio foi dado em homenagem à primeira mulher a se graduar na Escola Politécnica de São Paulo como engenheira química na turma de 1928 (leia mais sobre a história da Poli).
Já o Prêmio “Marília Chaves Peixoto” foi atribuído para dois projetos na área de exatas, um individual e outro em grupo. O nome do prêmio foi dado em homenagem à primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Ciências no ano de 1951, devido a grande repercussão internacional de seus trabalhos em conjunto com o marido sobre funções convexas (leia mais sobre a história de Marília). 
Érika Mayumi Saito Tagima, de 18 anos, finalizou no ano passado o Curso Técnico em Mecatrônica no Instituto Federal de São Paulo – Campus Bragança Paulista. 
Desenvolveu o projeto “Ensino do método braille utilizando tecnologia de dispositivos móveis” e foi condecorada com o Prêmio “Anna Frida Hoffman”.
A dupla de meninas Maysa Alves Cota Araújo (de 17 anos) e Bárbara Alessandra de Freitas (de 19 anos) fizeram seu Curso Técnico em Edificações na CEFET – Minas Gerais. 
Receberam o Prêmio “Anna Frida Hoffman” em reconhecimento ao destaque com seu projeto “Avaliação preliminar da resistência de tijolos de solo-cimento por meio da condutividade elétrica“.
Com apenas 14 anos e cursando o 9º ano do Ensino Fundamental em Imperatriz, no Maranhão, Caroline Vieira de Sousa já desenvolveu o projeto “Estudo fitoquímico para identificação de metabólicos secundários em extrato alcoólico da raiz, caule, folhas e frutos do Piper tuberculatum (Jacq.): pimenta de macaco” na área de química.
Foi agraciada com Prêmio “Marília Chaves Peixoto”.

O Prêmio “Marília Chaves Peixoto” também foi atribuído para a dupla de meninas Mariana da Silva Chermont (de 16 anos) e Bruna Luzia Almeida Rodrigues (de 18 anos).

Elas desenvolveram o projeto “AutoGuardian: monitoramento e análise de dados automobilísticos para simulação de sinistros“, durante seu Curso Técnico em Informática no Instituto Federal De Mato Grosso do Sul – Campus Nova Andradina.

Espero que as contempladas com os
prêmios sejam muito bem sucedidas em suas carreiras e que façam
contribuições tão relevantes quanto às mulheres que batizaram os
prêmios.

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